O CYTOTEC foi desenvolvido com outro nome há cerca de vinte anos atrás, não para problemas de estômago nem para provocar abortos, mas para produzir contrações no útero quando era necessário apressar o parto ou expulsar um feto já morto do útero de uma gestante. Passados dez anos a droga ainda não tinha saído de seu estágio experimental, mas com a descoberta das qualidades terapêuticas de seu princípio ativo no tratamento de úlcera, deixou de ser pesquisado principalmente para produzir contrações no útero para apressar o parto e passou a ser comercializado para tratar úlceras. Mas, aos poucos, algumas pessoas descobriram que ele provocava o aborto, inclusive porque o fabricante escrevia na própria bula do remédio que este era contra-indicado para mulheres grávidas dado o risco de poder provocar um aborto. O remédio passou aos poucos a ser comprado, sem orientação médica, não mais para úlcera, mas para provocar o aborto, embora o laboratório desaconselhasse o seu uso no caso de gestantes.
"Foram reportados efeitos adversos sérios no uso do CYTOTEC em mulheres grávidas, que incluem a morte materna, ruptura e perfuração de útero necessitando de intervenção cirúrgica e histerectomia (cirurgia para remoção total de útero), embolia por líquido amniótico, sangramento e choque. O fabricante não fez nenhuma pesquisa sobre o uso deste medicamento nem para abortamento nem indução do parto, não pretende fazê-lo e não está apta a dar suporte para este uso do medicamento".
Cf. Noonan, "The Experience of Pain," In New Perspectives on Human Abortion, Aletheia Books, 1981, p. 213.

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